Bom, já que o nosso amigo Ritcho resolveu mostrar seu mais novo item de coleção, venho aqui também mostrar o que chegou aqui em casa nesta última sexta. Esse não veio de tão longe, mas também foi remetido com todo cuidado pelo nosso amigo da lista, Rudolf Gutlich, lá de São José dos Campos.
Sempre tive vontade de conhecer mais esses micros da Talent, fabricados por nossos hermanos argentinos, mas como esses micros são bem raros de se achar por aqui nunca houve uma oportunidade. Quando o Rudolf anunciou o seu Talent TPC-310 na lista, eu pensei: é agora!
Diferentemente do Talent DPC-200, primeiro modelo a ser comercializado pela Telematica, o TPC-310 é um MSX2 e traz algumas curiosidades:
- Tamanho compacto. Bom para se levar para eventos ou viagens.
- Porta “Expansion Bus” nos mesmos moldes usados no Expert, configurada como Slot1.
- Apenas uma entrada de cartucho, configurada como Slot2.
- Possui apenas conexões RF e RGB. Na saída RGB pode ser retirado video composto e audio mono, além é claro do RGB. (Tive que modificar meu cabo RGB para poder utilizá-lo, falo disso a seguir)
- Possui uma porta chamada “Color Bus”, que pode ser ligada a um digitalizador TVD-256 da Talent. (Se alguém tiver fotos ou informações desse equipamento, favor comentar, pois não achei muita coisa a respeito.)
- Ele não é bivolt, vem originalmente com fonte de 220v, logo tive que comprar um conversor de voltagem para poder usá-lo aqui no Rio.
- Na traseira possui um seletor para o sistema de cor, PAL(-N) ou NTSC. Usando aqui no LG M1721A não notei grande diferença, já que o mesmo se dá bem tanto com PAL como com NTSC. Em ambos o sistemas, a frequência é sempre 50Hz.
- Não tem botão RESET. Vai no liga/desliga mesmo…
Modificação do cabo RGB:
Bom, antes mesmo do Talent chegar eu já tinha me ligado para o fato de que o mesmo não tinha as saídas de A/V costumeiras, logo tive que tomar providências para modificar o cabo RGB que eu tinha aqui (e que já era usado para os meus outros MSX Japoneses). Verifiquei através do esquema original que a pinagem do conector DIN8 era diferente no Talent.
A solução que encontrei foi dividir o meu cabo RGB em duas partes e interligá-lo via conectores DB9. Dessa forma eu mantinha o “Core” do cabo padronizado usando um DB9 para conectar ao circuito com o LM1881 e depois jogar para o conector HD15 (VGA). Assim posso criar várias “pontas” com conexões diferenciadas.
Conclusão:
No geral é um bom MSX, claro que faltam algumas coisas básicas como um botão de RESET e também algumas mordomias como um seletor RENSHA, como nos japoneses.
A qualidade de imagem, mesmo no RGB, deixa um pouco a desejar se compararmos o Talent a um Sanyo ou TurboR japoneses.
A falta de um dos slots para cartucho, por outro lado, é um grande revés. Com um Slot só fica-se muito limitado ao uso da máquina e é aí que a gente vê que não dá para “assoviar e chupar cana ao mesmo tempo”.
Abs,
Daniel
Uma Resposta a Por falar em coleção…