E finalmente chegamos à década de 90, mais precisamente ao mês de outubro, quando é lançada a terceira geração do MSX. O TURBO-R FS-A1ST da Panasonic, é o primeiro MSX de 16 Bits. Ele utilizava um novo processador, o R- 800, com clock de 29 Mhz e um Z80 com clock acelerado para 7.16 Mhz, que manteria a compatibilidade com as versões anteriores do MSX.
Fora estas novas características, o TURBO-R foi acrescido de um chip (S1990 – Chip Suport System) responsável pela comunicação entre o R800 e o Z80, também pelas operações de slots I/O e acesso a ROM (lembrando que todas as conexões externas pela Bus Expancion foram mantidas em 8 Bits, em função da compatibilidade com periféricos). O TURBO-R FS-A1ST vinha com 256 Kb de RAM, 128 Kb de VRAM de 128 Kb de ROM (80 Kb para o Basic versão 4.0, 32 Kb de Disk Basic versão 2.2 e 16 Kb de MSX-MUSIC) ele era simplesmente 10 vezes mais rápido que o MSX 2+. Também possuía a capacidade de conversação entre o micro e o usuário, utilizando a PCM (Pulse Code Modulation) onde o micro pode falar e escrever , ou mesmo mudar um menu após uma ordem do usuário. Outra Característica do TURBO-R era um Basic poderoso com som FM (chip YM2413) e PSG (AY-3-8910), ou até mesmo SCC acima de 9 canais com 63 instrumentos e conversor de voz A/D PCM, além de 19.268 cores, tela com 424 linhas em modo overscan, possibilidade de conexão de até 6 drives físicos, entre eles HD’s de até 80 Mb. Podia expandir a VRAM para obtenção de mais páginas gráficas e ainda expansão de RAM em até 12 Mb. O MSX agora entrava em um novo estágio, “O mundo dos de 16 Bits” !! Isso realmente provocou uma grande sensação com a nova máquina.
Um ano mais tarde (novembro de 1991) ganhou o seu segundo modelo. O FS-A1GT também da Panasonic, ampliava mais ainda os recursos da nova geração, ele possuía a RAM expandida para 512 Kb, inclusão padronizada da MSX-MID, a ROM possuía quatro velocidades de amostragem (freqüência com que os sons são captados e gravados em RAM), 128 Kb de VRAM, 32 Kb S-RAM, Expansão externa para até 4 Mb, PSG com 3 vozes + 1 de ruído, FM com 9 vozes, PCM com 1 voz, VDP (V9958) , saída RGB, S-Vídeo, vídeo composto, RF (sistema NTSC e PAL-N).
O MSX TURBO-R possuía um software interno (MSX-VIEW), que era uma espécie de Windows. Contava com vários programas, como por exemplo: Editores de texto, planilhas integradas, gerenciador de arquivos, etc. Programas excelentes, mas com um inconveniente !! O fato de serem todos escritos em japonês.
A saga do MSX teve fim oficial em 1993 quando a Panasonic suspendeu a produção do TURBO-R, mas este permanece vivo, graças a grupos organizados de usuários que espalhados pelo mundo produzem softwares e hardwares, cada vez melhores ! Coisas impressionantes estão sendo produzidas por esses grupos, que resistentes ao tempo, fazem o MSX permanecer ativo, mesmo que para hobby de seus antigos usuários. Placas de MSX 2 +, podem ser montadas em gabinetes de PC, interfaces SCSI e IDE para HD, cartuchos de SOM com vários canais, adaptadores para mouse, e até mesmo rumores de projetos para utilização de chip’s ZILOG de 16 e 32 bits, em quem sabe uma próxima geração do Microsoft Super Extended.
Fontes: Internet, revistas MSX Micro, CPU, MSX Magazine, Info, Micro
Sistemas, MSX Force, etc.
Uma breve observação:
Esses artigos foram escrito originalmente em 1996, e quando digo que o suposto nome do MSX é Microsoft Super Extended, acho interessante comentar que o verdadeiro significado da sigla MSX nunca ficou muito claro. O próprio Nishi da MSX Association, afirma que o verdadeiro significado é, Machine with Software eXpandability ou Machine with Software eXchangeability, mas já disse antes que era Matsushita Sony X-power, e ainda existem outros como, MicroSoft eXtended e Microsoft Super Extended. Seja qual for o verdadeiro, tudo é MSX, isso que importa.
Alexandre Brandão
(Passa tempo, passa estrada, passa toda nação,
seguem iguais as diferenças, quer queira ou não.
Corda no pescoço e o coração na mão,
acordando de novo pra falta de opção.
Viva a PLEBE !)